sábado, 7 de julho de 2007
Edifícios Chrysler e Empire States: Monumentos da história e cultura de NY
Existem três razões principais para que o Chrysler e o Empire State continuem como monumentos. Primeiro, esses arranha-céus são centros de comércio. Nos anos 20, o mercado de estoque crescia mais e mais. Milionários se tornavam bilionários e mesmo os menos favorecidos recebiam vários empréstimos para comprar estoque. Em 1929, existiam planos de se fazerem 709 novas construções em Nova Iorque. O estado foi às alturas e parecia que as mais valiosas construções eram as mais altas porque elas poderiam armazenar mais escritórios. Ambos Chrysler e Empire State se tornaram o centro das atenções, não apenas porque eram prédios de escritórios, mas porque eram imponentes ao público. A segunda razão que essas construções são monumentos é que elas são marcas da cultura de Nova Iorque nos anos 30 e foram representadas por várias formas de cultura como filmes e documentos históricos. A terceira e razão final que esses arranha-céus são monumentos é que eles são símbolos de Nova Iorque. Mesmo os nomes Chrysler e Empire States se tornaram sinônimos com Nova Iorque. Essas construções fazem com que os Novaiorquinos se encontrem mais facilmente. A Empire State Building domina a 5ª Avenida na 34ª Rua então todos que saiam do metrô na 34ª pode achar o norte localizando o massivo Empire State.
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Chrysler, o ego que chegou às alturas
Com o centro de Manhattan se tornando um centro dominante de business, corporações pelo país tentaram ter sua fatia do Edifício Chrysler. O próprio edifício era uma propaganda da Chrysler Motors. Walter Chrysler disse a Van Alen para incorporar designs decorativos associados com automóveis nas faixadas, como as grandes gárgulas-águias de metal localizadas no 61º andar (Horsley). Eram uma exposição da superioridade do Chrysler sobre o crescente mundo dos negócios. Isso é evidente nas numerosas tentativas de outros negócios tentarem lucrar com a imagem do novo edifício. Companhias como a Zippo fizeram isqueiros com fotos do edifício nele e em selos de cartão postal. A Texaco usou o prédio como propaganda. Foi retratada em histórias em quadrinhos e filmes a usavam em seus pôsteres principais. Esses, e outros artigos, mostravam o quão importante foi o edifício Chrysler na época de sua construção.
Parte da grandeza do Chrysler está em seu tamanho maciço. São 20.961 toneladas de aço estrutural, 3.826.000 tijolos, e mais de 35 milhas de canos. Foi a primeira construção a usar aço inoxidável. O projeto total do edifício é chamado Art Decó que cita que possui sólidos retangulares no topo, arranjados em um padrão complexo. Ás vezes os sólidos possuem lados com cortes em 45 graus, produzindo um efeito octagonal.
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Empire State: O mito, e a moda
Bem parecido com o Chrysler, o Empire State galgou como a mais alta construção do mundo por culpa do ego. John Jacob Raskob foi o homem por trás da construção e sua razão principal de construir um arranha-céu foi8 para bater o antivo valor obtido por Walter Chrysler. O Chrysler Building foi modelado após a Torre Eiffel e Raskob não gostava do fato que os franceses influenciaram a criação do prédio mais alto do mundo. No período em que as bolsas estavam no seu apogeu, Al Smith, contratado por Raskob, anunciou ao público que o Empire States seria 1050 pés mais alto. Raskob decidiu que precisava adicionar mais altura à construção etão designou uma torre de 200 pés no topo que barraria o Chrysler. A empresa tonteou ao saber o propósito da torre de Raskob. Ela serviria como solo para dirigíveis de metal, ou zeppelins, da Europa. Esses dirigíveis alcançavam uma velocidade máxima de 80 mph e poderiam cruzar com 70 mph centenas de milhas sem precisar reabastecer. Isso nunca foi terminado mas a idéia chamou muita atenção e seu design inovador marcaria a cultura do fim dos anos 20.
O Empire State não é simplesmente mais alto que o Chrysler. Ele também é mais largo e espaçoso por andar. Um total de 57000 tonelasdas de aço estrutural foram usadas, três vezes mais que no Chrysler. São exatamente 1860 pés do nível da rua até o 102º andar. Mesmo tendo várias características impressionantes, nehuma é tão impressionante quanto a torre do prédio. Pode-se ver Manhattan, Queens, Bronx, Brooklyn, Staten Island, New Jersey e Connecticut. Lá também se encontra um belíssimo sistemas de luzes que, através da rotação de setores da torre, causa belas cores e imagens e também existe uma antena que monitora o tráfego com câmeras que mostram as condições do trânsito.
Assim como o Chrysler foi usado para vender produtos, muitas companhias usaram o Empire State. Um grupo interminável de objetos foi criado durante anos para essa construção incluindo modelos em escala, brinquedos plásticos, canetas, lapiseiras, blusas e bonés. O prédio também atraiu pessoas famosas pelo mundo, de líderes mundiais a ícones culturais. Fidel Castro, Nikita Cruschev, Pelé, a banda KISS e a Rainha Elizabeth visitaram o Empire State.
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Conclusão
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Bibliografia
Grost, Michael E. “Eras of Art Deco in the USA.” 25 Novembro 2000
Ciucci, Giorgio; Dal Co, Francesco; Maieri-Elia, Mario; e Tafuri, Manfredo. "La Ciudad Americana - De la Guerra Civil al New Deal." Ed. Itora Gustava Gili, S.A., Barcelona, 15a edição.
http://user.aol.com/MG4273/artdeco.htm
http://www.esbnyc.com/
http://www.thecityreview.com/chryslerb.html
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quarta-feira, 30 de maio de 2007
Storyboard: Subindo na Quinta Avenida
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"A Walk Up Fifth Avenue"
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Os Arranha-Céus de Nova Iorque
Em 1890, o edifício mais comum tinha a forma de uma coluna gigante, com base, fuste e capitel, o que destacava sua altura; e, com técnicas de estruturas metálicas surgindo, as paredes externas ganharam uma certa independência em relação ao esqueleto de aço da estrutura. Mas, apesar dessas novidades, a fachada dos arranha-céus continuava galgada a uma estética neoclássica, com sinais de ecletismo – como exemplo temos o Fuller Building, de 1902, mais conhecido como “Flatiron” devido a seu formato triangular que lembra um ferro de passar rouba, seguindo o formato do terreno.
A partir de 1910 popularizou-se o arranha-céu estilo neogótico, cujo mais conhecido é a “catedral de comércio” Woolworth Building”, de 1913. Alguém que caminhasse próximo à construção (um consumidor em potencial) conseguiria ver seus ornamentos, que foram superdimensionados para esse fim – a qual é uma idéia moderna.
Eis que então surge a Lei de Zoneamento de Nova Iorque de 1916 como conseqüência à construção nada criteriosa dos arranha-céus. Ela forçava um recuo progressivo da estrutura em relação à sua altura, formando os conhecidos prédios “bolo-de-noiva” ou zigurates. Devido a essa verticalização (inicialmente imaginada para um melhor aproveitamento do terreno) a cidade já começa a sofrer com congestionamentos, problemas de saneamento e sistema precário de segurança contra incêndios.
Os anos 20 aparecem com ideais de velocidade, modernidade e novidade com seus novos elementos e materiais – é o período da Art Decó, que
vai até os anos 40 e seus filhos são o Chrysler Building, de 1930; o Empire State Building, 1931; e o Rockefeller Center, de 1940.
O arranha-céu é o espelho da sociedade americana, antes metaforicamente, e nos anos 50 também literalmente, pois acabou transformado em espelho gigante com o uso de fachadas envidraçadas, comuns no Estilo Internacional.
Os arranha-céus tornaram-se pontos não só para ser vistos, mas também pontos de vista. Devido a sua aparição um transeunte em uma rua sente-se engolido pela cidade, de modo que para se ter uma bela visão faz-se necessário subir em um desses prédios imensos – como o Empire State, que possui uma visão de 360 graus de toda Nova Iorque. Trouxe também problemas constantes de engarrafamentos e saneamento, além de elevada poluição e atualmente problemas com ratos. O arranha-céu completou, de modo lógico, a idéia de isolamento, privacidade e exercício de individualidade nascida no final do século XVIII, causado pelo cada vez maior distanciamento do espaço público em relação ao privado.
terça-feira, 29 de maio de 2007
Nova Iorque: Retrospecto arquitetônico-urbanístico
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Nova Iorque foi construída em 1625 sob a alcunha de Nova Amsterdam, uma pequena cidade de neerlandeses que se assentaram ao sul da ilha de Manhattan. Em 1653, com pouco mais de mil habitantes, foi construído um grande muro para proteção contra o ataque dos nativos americanos – mas o muro caiu poucos anos após e, em seu lugar, foi traçada a Wall Street, que hoje possui importância marcante devido à presença da Bolsa de Valores de Nova Iorque no local.
A cidade, sob controle definitivo de ingleses a partir de 1674, recebe sua primeira faculdade em 1754, a King´s College, que atualmente é a Universidade de Columbia, que faz parte do Ivy League - associação de oito antigas universidades que possuem excelência de ensino.
Em 1785 Nova Iorque se torna capital temporária americana; e perduraria assim até 1790. Em 1792 ocorre a criação da Bolsa de Valores de Nova Iorque em Wall Street e pouco após essa data Nova Iorque se torna a maior cidade dos Estados Unidos, com mais de 60 mil habitantes.
A Ponte Brooklin surge em 1883 para conectar a ilha com a cidade vizinha de Brooklin. Isso desencadeou a formação da gigantesca unidade metropolitana chamada de Grande Nova Iorque, que era a fusão de toda Manhattan com Brooklin, Bronx, Queens e Staten Island.
Em 1884 foi montada a Estátua da Liberdade, na França, transportada desmontada em navios e inaugurada na entrada do porto de Nova York dois anos depois, em 1886. Mas a principal atração arquitetônica nova-iorquina não é essa mas sim a grande coleção de arranha-céus que a cidade possui. Os anos 30 foram conhecidos pela corrida da construção do prédio mais grande da cidade, por exemplo.
O Flattiron Building, um dos primeiros arranha-céus, com 22 andares, foi inaugurado em 1902 e é o único remanescente de sua época. A década de 30, marcada pela construção dos arranha-céus, recebeu o edifício Chrysler (de 1930) com 77 andares; o Empire State Building (de 1931) com 102 andares e, atualmente, o mais alto; e o Rockefeller Center (de 1940) com 72 andares, que possui uma grande praça que no inverno se torna um famoso ringue de patinação, com a maior árvore de natal do mundo.
Os anos 50 e 60 receberam vários edifícios de vidro, se destacando a sede das Nações Unidas. Já em 1973 as Torres Gêmeas aparecem como os prédios mais altos, com seus 110 andares e 410 metros de altura. Após o ataque de 11 de setembro o Empire State Building volta a ser o prédio mais alto de Nova Iorque.
Além disso encontra-se em Nova Iorque igrejas góticas de grande expressão, como a Catedral Episcopal de São João, Igreja Riverside e a Igreja Católica de São Patrício, que fica ao lado do Rockefeller Center.