quarta-feira, 30 de maio de 2007

Storyboard: Subindo na Quinta Avenida

Roteiro
Empire State Building
New York Public Library
Bryant Park
Rockefeller Center
St Patrick´s Cathedral


"A Walk Up Fifth Avenue"
A Quinta Avenida, talvez a mais importante de NY, possui vários pontos turísticos dignos de nota. Vamos fazer um pequeno tour por ela, começando na rua 34 e terminando na 50?
1. Comece seu tour no Empire State Building, na Quinta Avenida, entre as ruas 33 e 34. Esta construção possui 102 andares. Pegue o elevador para o andar número 102 e terá uma grande visão de Nova Iorque, onde é possível ver toda a cidade em todo o ângulo de 360 graus do prédio.
2. Agora suba pela Quinta Avenida sete quadras e você estará do lado da Livraria Pública de Nova Iorque. A entrada é entre as ruas 40 e 42. Esta livraria possui mais de 10 milhões de livros.
3. Atrás da livraria temos o Bryant Park. No verão, há apresentações musicais gratuitas a céu aberto na hora do almoço.
4. Suba pela Sexta Avenida até a rua 49. Você estará no meio dos 19 prédios do Rockefeller Center. Vire à direita na rua 49, ande uma quadra, e vire à esquerda. Você estará no Rockefeller Plaza, onde no inverno você pode patinar no ringue aí e ver também maior árvore de natal do planeta.
5. Logo à direita do Rockefeller Center na Quinta Avenida existe A St Patrick´s Cathedral. Entre nela e esqueça a barulhenta cidade por detrás. Olhe para os belos vitrais azuis, vários deles vindos da França.
- E, caso se perca, desça pela Rua 32 e vire à direita que você estará no terminal da cidade!

Os Arranha-Céus de Nova Iorque

O arranha-céu é uma construção tipicamente moderna que trouxe para a cidade ao mesmo tempo uma exaltação pelo novo e a perda de uma paisagem referencial antiga. Após a revolução política burguesa do século XVIII necessitou-se de provas concretas para saber se os mitos dos direitos humanos (igualdade e felicidade) tinham de fato sido atingidos. A imagem do arranha-céu casou-se perfeitamente a isso, vendendo, através de cartões-postais, promessas de felicidade tão importantes para todo o século XIX e início do século XX, onde se procuravam evidências dos louros da revolução e também serviram de auxílio no período da Grande Depressão, de 1930. O cartão-postal tornou-se uma pequena amostra da modernidade triunfante e fez com que os novos estilos arquitetônicos se tornais mais e mais familiares, especialmente nos anos 20 e 30, quando brilhava o estilo art-decó.

Em 1890, o edifício mais comum tinha a forma de uma coluna gigante, com base, fuste e capitel, o que destacava sua altura; e, com técnicas de estruturas metálicas surgindo, as paredes externas ganharam uma certa independência em relação ao esqueleto de aço da estrutura. Mas, apesar dessas novidades, a fachada dos arranha-céus continuava galgada a uma estética neoclássica, com sinais de ecletismo – como exemplo temos o Fuller Building, de 1902, mais conhecido como “Flatiron” devido a seu formato triangular que lembra um ferro de passar rouba, seguindo o formato do terreno.
A partir de 1910 popularizou-se o arranha-céu estilo neogótico, cujo mais conhecido é a “catedral de comércio” Woolworth Building”, de 1913. Alguém que caminhasse próximo à construção (um consumidor em potencial) conseguiria ver seus ornamentos, que foram superdimensionados para esse fim – a qual é uma idéia moderna.
Eis que então surge a Lei de Zoneamento de Nova Iorque de 1916 como conseqüência à construção nada criteriosa dos arranha-céus. Ela forçava um recuo progressivo da estrutura em relação à sua altura, formando os conhecidos prédios “bolo-de-noiva” ou zigurates. Devido a essa verticalização (inicialmente imaginada para um melhor aproveitamento do terreno) a cidade já começa a sofrer com congestionamentos, problemas de saneamento e sistema precário de segurança contra incêndios.

Os anos 20 aparecem com ideais de velocidade, modernidade e novidade com seus novos elementos e materiais – é o período da Art Decó, que

vai até os anos 40 e seus filhos são o Chrysler Building, de 1930; o Empire State Building, 1931; e o Rockefeller Center, de 1940.
O arranha-céu é o espelho da sociedade americana, antes metaforicamente, e nos anos 50 também literalmente, pois acabou transformado em espelho gigante com o uso de fachadas envidraçadas, comuns no Estilo Internacional.
Os arranha-céus tornaram-se pontos não só para ser vistos, mas também pontos de vista. Devido a sua aparição um transeunte em uma rua sente-se engolido pela cidade, de modo que para se ter uma bela visão faz-se necessário subir em um desses prédios imensos – como o Empire State, que possui uma visão de 360 graus de toda Nova Iorque. Trouxe também problemas constantes de engarrafamentos e saneamento, além de elevada poluição e atualmente problemas com ratos. O arranha-céu completou, de modo lógico, a idéia de isolamento, privacidade e exercício de individualidade nascida no final do século XVIII, causado pelo cada vez maior distanciamento do espaço público em relação ao privado.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Nova Iorque: Retrospecto arquitetônico-urbanístico


Nova Iorque foi construída em 1625 sob a alcunha de Nova Amsterdam, uma pequena cidade de neerlandeses que se assentaram ao sul da ilha de Manhattan. Em 1653, com pouco mais de mil habitantes, foi construído um grande muro para proteção contra o ataque dos nativos americanos – mas o muro caiu poucos anos após e, em seu lugar, foi traçada a Wall Street, que hoje possui importância marcante devido à presença da Bolsa de Valores de Nova Iorque no local.

A cidade, sob controle definitivo de ingleses a partir de 1674, recebe sua primeira faculdade em 1754, a King´s College, que atualmente é a Universidade de Columbia, que faz parte do Ivy League - associação de oito antigas universidades que possuem excelência de ensino.

Em 1785 Nova Iorque se torna capital temporária americana; e perduraria assim até 1790. Em 1792 ocorre a criação da Bolsa de Valores de Nova Iorque em Wall Street e pouco após essa data Nova Iorque se torna a maior cidade dos Estados Unidos, com mais de 60 mil habitantes.

Em 1811 surge um dos atos urbanísticos mais importantes da cidade: buscando planejamento no então desordenado crescimento, se decide que toda via pública na cidade deveria correr em linhas paralelas, num sentido norte-sul ou leste-oeste. A partir desse ponto temos o crescimento em malha xadrez característico de Nova Iorque, com suas sete avenidas cortadas por dezenas de ruas.

A Ponte Brooklin surge em 1883 para conectar a ilha com a cidade vizinha de Brooklin. Isso desencadeou a formação da gigantesca unidade metropolitana chamada de Grande Nova Iorque, que era a fusão de toda Manhattan com Brooklin, Bronx, Queens e Staten Island.

Em 1884 foi montada a Estátua da Liberdade, na França, transportada desmontada em navios e inaugurada na entrada do porto de Nova York dois anos depois, em 1886. Mas a principal atração arquitetônica nova-iorquina não é essa mas sim a grande coleção de arranha-céus que a cidade possui. Os anos 30 foram conhecidos pela corrida da construção do prédio mais grande da cidade, por exemplo.

O Flattiron Building, um dos primeiros arranha-céus, com 22 andares, foi inaugurado em 1902 e é o único remanescente de sua época. A década de 30, marcada pela construção dos arranha-céus, recebeu o edifício Chrysler (de 1930) com 77 andares; o Empire State Building (de 1931) com 102 andares e, atualmente, o mais alto; e o Rockefeller Center (de 1940) com 72 andares, que possui uma grande praça que no inverno se torna um famoso ringue de patinação, com a maior árvore de natal do mundo.

Os anos 50 e 60 receberam vários edifícios de vidro, se destacando a sede das Nações Unidas. Já em 1973 as Torres Gêmeas aparecem como os prédios mais altos, com seus 110 andares e 410 metros de altura. Após o ataque de 11 de setembro o Empire State Building volta a ser o prédio mais alto de Nova Iorque.

Além disso encontra-se em Nova Iorque igrejas góticas de grande expressão, como a Catedral Episcopal de São João, Igreja Riverside e a Igreja Católica de São Patrício, que fica ao lado do Rockefeller Center.